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Opinião sem hipocrisia

Você é contra o terrorismo?


___ O terror nós já vivemos, como posso ser contra algo que me empurra? É mesmo que nadar contra a correnteza. O terrorismo é subproduto do que faço nesse instante, veja um exemplo; eu dirijo um carro que usa petróleo para andar, escrevo aqui num notebook onde 99% das peças derivam do petróleo, agora como um biscoito que vem numa embalagem feita de derivado de petróleo, enfim, o que quero dizer é, basta olhar ao redor para perceber que nosso modo de vida atual é fundamentado nesse óleo negro extraído das profundezas de um planetóide chamado Terra. Alguém já parou pra pensar que mundo insano é esse? O elemento vital da nossa vida em sociedade não é a água mas, sim, o ... petróleo!
O terrorismo é fruto dessa dependência planetária, precisamos dele mesmo que roubado, extraído do solo misturado junto ao sangue dos povos semitas; povo esse, que, por alguma razão foi abençoado ou amaldiçoado com essa riqueza. O terrorismo é fruto desse sufoco incompreendido, cuja linguagem de resposta é a violência. A reflexão seguinte é: quanto tempo temos ainda... (?)
Eduardo Ávila Jr.

Leia isso, vc. não vai se arrepender!

O texto censurado: vale a pena ler...


Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que se dá um “baile” educadíssimo aos Americanos…
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos, o actual Ministro da Educação CRISTÓVAM BUARQUE foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque: De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que os nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro… O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode serqueimada pela vontade de um dono, ou de um país.Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar que esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer, por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!

esse texto foi extraído de um blog português, cujo autor se sensibilizou com a causa amazônica e claro, com a resposta dada pelo conterrâneo naturalizado brasileiro e político Cristóvam Buarque